domingo, 26 de abril de 2009

A CRUZ DA VIDA .........................................FÉ


Foto by Dina V.

Como me sinto calma depois de uma tão grande guerra.
Agora espero o amanhã.
Mas sinto no fundo da alma uma voz que me diz,
Fazes falta na Terra!
Eu nasci para morrer, sim é essa a verdade.
Mas não. Agora quero viver.
Quero sentir a felicidade.
Porque não hei-de vencer se me sinto amparada?
Tudo se torna mais leve, preciso é viver!
Mesmo se estiver desamparada vou lutar com ardor
E a cruz é menos pesada.
Todos temos uma cruz na vida e sem ela não haveria vontade(...)


Ficou a saudade
Perdida!
Nua rua vazia
Árida
Das lágrimas evaporadas
Quente!
Do esforço da saída.
Paredes ruíram, tectos ficaram
Apoiados nas paredes de um tecto qualquer.
Há que galgar as janelas fingidas
Desse quarto alugado, numa rua deserta.
Construir portas nas paredes caídas,
Assentar tectos nas paredes sem força.
Há que, erguer dentro, os pontos de apoio,
Chamar Operários de força Suprema
Que entrem, bem dentro
E ergam de novo a casa afundada!
(in: nas asas do vento encontrei Orixá)


GAIVOTA





Foto by Dina V.

Pairando no ar desliza com o vento.
Observa o mundo do alto e vê,
A gente que passa alheia ao Mundo.
Olha triste e quer contactar.
Cansada sobrevoa sem nada alcançar.
Ergue-se num voo, descendo a seguir
Rasando as cabeças sem lhes tocar.
Olhos perdidos num encontro falhado.
Mar de gente, sem rumo nem rota.
Um dia viu que alguém a notou,
Mas teve medo do ser diferente e voou.
Houve um contacto de olhos nos olhos,
Houve o mútuo chorar, o mundo da gente.
Houve o pavor do encontro falhado.
Ficou a saudade de nunca mais encontrar,
A gaivota perdida no no fundo do olhar!

(in: nas asa do vento encontrei Orixá?