quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O TEMPLO DA ALMA


by: Bernardino Costa
http://bernardinocosta.artelista.com

Sem forma ou paredes, apenas Existe.
Rebatem os sinos e não desperta,
Mas nada a detém.
Encontra-se em si, de si saindo
Na expansão e velocidade, no descanso do corpo.
Para retoma das forças embrenha-se nas águas!
Meio que a lança pelos quatro estados visíveis,
Transportando-a para o invisível dos estados,
Onde descansa, no voo da liberdade da aparente ausência.

(…)

Erguido em honra das divindades…
Denso nos seus ornamentos severos.
Também lugar a descoberto e elevado,
Consagrado ao espírito, na imensidão.
Lugar misterioso e respeitável
Onde habitam recordações de grandes acções.
De nada valem as pedras, as amarras, o ouro…
Correntes, cadeados ou portas cerradas.
São ferrolhos sem sentido para a Alma!
Ela tem o seu Templo, por onde ela transpira, respira,
Se dilui na água, avançando em Liberdade!
Os sinos mudos apenas a alertam para que chegou a hora!
Volta. Regressa ao templo que sereno a aguarda.

Dina Ventura Outubro de 2009