sábado, 22 de maio de 2010

O POLÍTICO


Óleo s/tela - O Político - do pintor Bernardino Costa (B.C.) - 1ª fase

Entre braços
Abraços e saberes
Percorre a grandes passos
O corredor dos prazeres.
Ocupa-se de negócios
Sendo civil e cortês
Não se permite a ócios
Por ser astuto e burguês.
E entre braços e abraços
Não se indispõe com alguém
Mas entre abraços e passos
Ninguém sabe para o que vem.
Apenas diz que prevê
E que gere o que não é seu
Discursa a verdade porque lê
A verdade do que aconteceu
E assim para o bem comum
Dá um golpe no País
Acaba com o pouco ou nenhum
Dizendo que nunca o quis.
Que por isso nem viveu
Porque queria trabalhar
E por isso enriqueceu
Não tendo nada para dar.
E entre farras e palestras
Viagens e esgotamentos
Segue leis que são mestras
E fica sem argumentos.
Nunca lhe poderão dar culpas
Daquilo que não conseguiu
Porque nem precisa desculpas
Porque ele nunca mentiu.
Apenas foi apanhado
Nas garras de tormento maior
E por ter confiado
Ficou sempre com o pior.
Mas para não cometer deslize
Sofre e fica transtornado
Porque o problema está na crise
E do que vem do passado.
E porque nada pode fazer
O melhor é aproveitar
Come o que pode comer
Enquanto ocupa o lugar!

Dina Ventura 21.Maio.2010