
Óleo - Vendedor de ilusões - do pintor Bernardino Costa - 1ª fase
Símbolo que engana os sentidos
Vendendo o que não acredita
Procura nos que estão perdidos
O que a vida lhe interdita
Da aparência faz o real
E satisfaz-se a si próprio
Torna a mentira banal
Para não se tornar impróprio
E da bandeja faz estandarte
Ao anunciar uma bebida
Que sem ela não faz parte
A felicidade na vida
De tristes passam a alegres
Sem se terem apercebido
Que não foram milagres
E sim por terem bebido
E quando a festa acaba
O sonho foi esquecido
Volta à mente a revolta
Por não se ter contido
E o vendedor de ilusões
É mais uma vez enganado
E sem dar justificações
Entrega-se ao que tem dado
E sem conseguir enxergar
Que o que vende não existe
Continua a apregoar
Ao que nem ele resiste.
E assim cheio de vontade
Tenta animar os corações
Para acreditarem na verdade
Do vendedor de ilusões.
Dina Ventura 20.Maio.2010