sexta-feira, 2 de outubro de 2009

QUESTÕES DE UM SER - IMENSO ABSTRATO



Sem se poder medir, quase sem limites tal como o oceno.
Sendo uma propriedade isolada, vê-se separada do conjunto apesar de o ser.
Agente da qualidade pura foge à pequena realidade.
Refugia-se e encontra-se na ciência abstracta de forma distorcida,
Porque preocupada, tal como a amizade, a coragem e a sabedoria;
Que existem por si próprias, podendo ser difícil de entender e praticar.
Tal como os números: 3, 8 e 4 são abstractos
Mas que não deixam de quantificar o que quisermos.
Teimosia do realismo que não sabe quantificar!
Na fotografia a realidade não está representada
E sim a realidade imaginada, visionada com os tons que quisermos.
Cada um pode criar e criará a sua própria realidade.
Vivamos de forma a não sermos apenas um imenso abstracto.

by: Dina Ventura - Setembro de 2009

QUESTÕES DE UM SER - VISÃO



Da acção ao efeito de ver, resta a imagem que se julga Ver.
Pode passar da realidade visível, aos devaneios, quimeras e fantasias
Ao que as janelas do corpo nos permitem.
Sensação particular que nos revela a presença, através da forma e cor.
A luz que promove e a lente natural apresenta.
A íris reage, o cristalino modifica e acomoda-se.
Mas se algo não funciona essa imagem deturpa-se.
A nossa essência ligada a outra maior, Vê a ideia das coisas.
Se não estiver claro e transparente, deformará as ideias percepcionadas.
Bem representada pelo animal que vive no deserto,
Que percorre caminhos insondáveis em busca de alimento
E por recear, não receia, pois adivinha os perigos à distância,
Apoiado e confiante na sua Visão.

by: Dina Ventura - Setembro de 2009

QUESTÕES DE UM SER - SONHO DE MULHER


BY : BC

A imagem que o espírito forma durante o sono ou,
Simplesmente sonhar acordado.
Profético? Ou imaginação sem fundamento, ideais quiméricos.
Serão ilusões, imaginação vã e tal como a vida um sonho.
Mas são ideias alimentadas com paixão, eivadas de fantasia.
Ficção, aspiração, formando o ser, mulher, regando-a de calda de açúcar
Tal como o bolo fofo de farinha e ovos – os sonhos.
Os sonhos são constantes. Têm de ser, alimentam a vida.
Quando não existem é porque estamos esquecidos quando acordados.
Apenas fixamos os pesadelos, o que nos atormenta.
Há que sonhar.
Seja a realização simbólica de um desejo
Ou a sublimação do sublime.
Guia celeste do Ser, cheia de graça e poesia.
Mulher, o outro lado do homem, sendo apenas parte de um todo, Homem.

by: Dina Ventura - Setembro de 2009

QUESTÕES DE UM SER - TORNADO DO ESPÍRITO



Substância incorpórea, que talvez nos conduza a Deus.
Ao pronunciar, espírito, os anjos sobrevoam o imaginário.
A nossa alma manifesta-se e sorri-nos por ser lembrada.
É nesse progresso contínuo que ela se torna no princípio pensante.
Entrega-se ao que faz, mostra aptidão e torna-se inteligente.
Contradiz-se, contradiz e eis a outra faceta.
Mas concebe com rapidez, enuncia com engenho, graciosidade e arte.
Empreende, com sentido e significado na época que demarca.
Escreve e descreve com intenção, fundamentando-se nela mesma.
Rende-se e morre, destila e torna-se volátil.
Demarca a sua presença com serenidade, enfrentando os perigos.
Torna-se santo se chama a atenção e ao vinho dá o nome.
E é neste remoinho, que os ventos se podem misturar
Tornando-se súbitos e violentos. Dos opostos formam turbilhões,
Podendo destruir com violência e rapidez.
Quando orientados servem de movimentação e crescimento,
Para seleccionar, escolher, evoluir e alcançar
Através do tornado do espírito.

by: Dina Ventura - Setembro de 2009

QUESTÕES DE UM SER - SENSITIVO



Pungente e vivo, com a capacidade de e do sentir.
Sentir o cheiro das flores, do frio e do calor!
A impressão moral da alegria e da tristeza!
As misérias alheias.
Artista que sente o que canta, pinta ou escreve.
Experimentar o que se exprime e dizer o que se sente.
Ter sensibilidade física moral, relativa aos sentidos e à sensação.
Tal como a flor que ao mínimo toque se retrai,
Também chamada de mimosa ou pudica
E apenas porque se alterou de (o) para (a).
Tal como o ser humano que à mais pequena coisa
Se melindra e sensibiliza.
Assim é o sensitivo.

by: Dina Ventura - Setembro 2009