domingo, 7 de fevereiro de 2010

MOMENTO

Curto espaço de tempo seja de dor, desejo, desalento, tortura, paixão ou amor.
Tempo ou ocasião em que algo se faz ou acontece.
Então o que significa na realidade? O que o promove e incita?
Há que aproveitar sempre? Há que ocorrer sempre?
Depende da importância, da urgência ou do acaso ou do encaminhamento da força para tal?
Tanta interrogação para certos momentos, quando apenas relacionados com os eixos de balanço tendente ao equilíbrio.
Linguagem confusa, para o movimento de oscilação e de vaivém.
Tal como as forças aerodinâmicas que se exercem sobre o alvo.
Mas também do momento da força, em relação a um ponto, resultante da sua intensidade, da distância e da sua direcção.
Para muitos, é a crise final de que resulta a solução ou desfecho. Teve por consequência, um anterior acontecimento de outros momentos para conduzirem a ele.
O momento da força em relação a um ponto é chamado de Centro dos Momentos.
É um valor absoluto. Sendo o centro, quer dizer que muitos formam um, ou que os outros nada contam até ao centro! Mas sempre contam.
Mas momentos também significam, quem faz momice, trejeitos naturais ou estudados.
No fundo e de forma figurada, tudo poderá não passar de um disfarce e de uma hipocrisia.
Será que por isso, para o bem e para o mal, sempre se diz: Há que aproveitar o momento? Estará implícito o absoluto do qual nada se sabe e de onde resulta o frustrante vazio de e apenas, o preenchimento do momento? Não aumentará ainda mais o espaço esvaziado de conteúdo?
Então elevemos o momento ao seu estado de circunstância, de acaso e por acaso. Apenas isso. Só nos resta entender, que apesar da vida ser mais do que momentos, a cada momento, não a transformemos num momento apenas.

Dina Ventura 6 de Janeiro de 2010