terça-feira, 14 de julho de 2009

ENCANTO

by: Romanelly



Segredo que não é conhecido

Mas se revela no enlevo da alma.

Singelo, harmonioso e contido.

Cofre secreto donde nada se espera,

Desliza apenas no sonho, com calma

Suave. É a brisa que apenas embala

E sem razão reflecte as marés.

Vão e vem, hipnotizando as estrelas

Que caem na água e transformam,

O mar em céu e me fazem voar.

O céu não as perde, só as empresta

Para as águas opacas poderem brilhar!

Para que nas águas eu possa colhê-las

Dar-lhe vida e tas entregar.

Num simples olhar, nem tocar é preciso

Na luz o abraço, nas estrelas o sorriso.

Reflecte-se na água o sentir eterno

Da figura não humana do sentir

Retorna-se ao mais profundo do ser

À essência de nós, que nos faz abrir

Os caminhos do Universo e Viver

O encanto de mim, do mundo a meus pés,

No sol o abraço, nas estrelas o sorriso

Que sem razão reflecte as marés!

Dina Ventura 9 de Julho de 2009

8 comentários:

  1. Ouvi o poema num "Encanto", acabadinho de sair do papel...e a 1ªvez que me encanto nos "Regatos da Concentração", encontro o mesmo poema...ai as sincronicidades!Dina,obrigada pela inspiração...um abraço, Ana C.

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  2. Abraço..e tudo de bom amiga. DV

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  3. Excelente poema, tem de surgir do fundo da alma pois só assim se consegue o sublime...

    Visite e divulgue
    http://vontadeseplanos.blogspot.com/

    Obrigado

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  4. lindo, sublime, este poema...maria emilia

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  5. felecito toda essa arrepiante profundide apaixonante leva nos a reflexao de nos mesmos abrinto portas a novos horizontes,um grande bem haja,que todos osv astros continuem a iluminar o teu caminho...BEIJOS

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  6. todas as palavras seriam puca para felicita la,peço perdao pelos erros,lçeva me e uma reflexao profunda abre novos horizontes que os astros continuem a iluminar o seu caminho...Beijos!fausto

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  7. O "Encanto" é um encanto! Os versos que mais me encantaram, para não dizer "tocaram", foram aqueles dois que dizem que as estrelas, o céu nãos as perde, empresta-as! E eu preciso tanto que o céu me empreste, quando mais não seja, uma estrela, aquela que me mostrará o caminho que há tanto procuro! Como se pode caonstatar no Vagas:

    VAGAS

    Na vela desfraldada
    Debruçado na amurada
    Na amurada debruçado
    Na fria madrugada
    Num cântico interrompido
    Sufocado
    Num reflexo devolvido
    Rejeitado
    Via-me reflectido
    Transfigurado
    Em espuma dissolvido
    Olhar fito aniquilado!

    Imagem lapidada
    Em circulos fechada
    Pela onda devastada
    E a onda voraz seguia
    Na muralha se esbatia
    E a imagem ressurgia
    No verde mar salgado!

    Outra onda se formava
    Outra onda se acercava
    Outra onda me afogava
    E eu ali continuava
    Só! Imóvel! Mortificado!

    Quisera deter essa onda
    Que de mim nunca se esconda
    Quisera reter essa imagem
    Que no mar fora miragem
    Sorriso de Gioconda
    Sorriso inanimado
    Mas o mar seguira viagem
    Estiolara-se na viragem
    Cabo há muito dobrado!

    E o mar não mais voltou
    E o mar ali me deixou
    Só! Supremo! Naufragado!



    Rogério do Carmo
    Paris, 18/5/1990

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  8. Só agora li! Muito obrigada Rogério por marcar o meu blog com esta passagem maravilhOSA. bEIJOS

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