Segredo que não é conhecido
Mas se revela no enlevo da alma.
Singelo, harmonioso e contido.
Cofre secreto donde nada se espera,
Desliza apenas no sonho, com calma
Suave. É a brisa que apenas embala
E sem razão reflecte as marés.
Vão e vem, hipnotizando as estrelas
Que caem na água e transformam,
O mar em céu e me fazem voar.
O céu não as perde, só as empresta
Para as águas opacas poderem brilhar!
Para que nas águas eu possa colhê-las
Dar-lhe vida e tas entregar.
Num simples olhar, nem tocar é preciso
Na luz o abraço, nas estrelas o sorriso.
Reflecte-se na água o sentir eterno
Da figura não humana do sentir
Retorna-se ao mais profundo do ser
À essência de nós, que nos faz abrir
Os caminhos do Universo e Viver
O encanto de mim, do mundo a meus pés,
No sol o abraço, nas estrelas o sorriso
Que sem razão reflecte as marés!
Dina Ventura 9 de Julho de 2009
Ouvi o poema num "Encanto", acabadinho de sair do papel...e a 1ªvez que me encanto nos "Regatos da Concentração", encontro o mesmo poema...ai as sincronicidades!Dina,obrigada pela inspiração...um abraço, Ana C.
ResponderEliminarAbraço..e tudo de bom amiga. DV
ResponderEliminarExcelente poema, tem de surgir do fundo da alma pois só assim se consegue o sublime...
ResponderEliminarVisite e divulgue
http://vontadeseplanos.blogspot.com/
Obrigado
lindo, sublime, este poema...maria emilia
ResponderEliminarfelecito toda essa arrepiante profundide apaixonante leva nos a reflexao de nos mesmos abrinto portas a novos horizontes,um grande bem haja,que todos osv astros continuem a iluminar o teu caminho...BEIJOS
ResponderEliminartodas as palavras seriam puca para felicita la,peço perdao pelos erros,lçeva me e uma reflexao profunda abre novos horizontes que os astros continuem a iluminar o seu caminho...Beijos!fausto
ResponderEliminarO "Encanto" é um encanto! Os versos que mais me encantaram, para não dizer "tocaram", foram aqueles dois que dizem que as estrelas, o céu nãos as perde, empresta-as! E eu preciso tanto que o céu me empreste, quando mais não seja, uma estrela, aquela que me mostrará o caminho que há tanto procuro! Como se pode caonstatar no Vagas:
ResponderEliminarVAGAS
Na vela desfraldada
Debruçado na amurada
Na amurada debruçado
Na fria madrugada
Num cântico interrompido
Sufocado
Num reflexo devolvido
Rejeitado
Via-me reflectido
Transfigurado
Em espuma dissolvido
Olhar fito aniquilado!
Imagem lapidada
Em circulos fechada
Pela onda devastada
E a onda voraz seguia
Na muralha se esbatia
E a imagem ressurgia
No verde mar salgado!
Outra onda se formava
Outra onda se acercava
Outra onda me afogava
E eu ali continuava
Só! Imóvel! Mortificado!
Quisera deter essa onda
Que de mim nunca se esconda
Quisera reter essa imagem
Que no mar fora miragem
Sorriso de Gioconda
Sorriso inanimado
Mas o mar seguira viagem
Estiolara-se na viragem
Cabo há muito dobrado!
E o mar não mais voltou
E o mar ali me deixou
Só! Supremo! Naufragado!
Rogério do Carmo
Paris, 18/5/1990
Só agora li! Muito obrigada Rogério por marcar o meu blog com esta passagem maravilhOSA. bEIJOS
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