quarta-feira, 30 de setembro de 2009

QUESTÕES DE UM SER

ESFINGE

Do monstro ao fabuloso se manifesta imponente e gloriosa.
Como o Sol majestoso, que está parado mas parece girar.
Assim a esfinge, transformada em estátua marca o tempo sem parar.
De olhar impenetrável, enigmático, longínquo e inacessível
Passa por não revelar os seus segredos.
Lança-se nas asas da realidade, no simples corpo de um insecto.
É a borboleta Universal, cor cinza e carmim.
De manto disfarçado querendo aparecer.
No seu tom amoroso, de amor esvoaça, espalha o seu odor a pinheiros
No seu cinzento pálido, eivado de horizonte se mistura e demarca,
Formando a esfinge dos voadores de vida curta e longa, em contraste.
Imortalizados na estátua do monstro sagrado.

LUTA ENCEFÁLICA

Os combates em recintos fechados são asfixiantes.
Um espaço de dimensão reduzida alcança o inimaginável.
São guerras titânicas, de fugas inter-galácticas
Para a obtenção dos saberes essências que se reduzem à essência;
Só esses podem caber, resumindo-se a recipientes ínfimos
De poderes e odores concentrados. Não podem quebrar.
Se acontecesse os cheiros puros tornar-se-iam letais.
Há que gerir, há que bem tratar para repartir e exalar.
Suaves perfumes duma luta encefálica.

Dina Ventura 30 de Setembro de 2009

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