sexta-feira, 24 de julho de 2015


Da ação ao efeito de ver,
Resta a imagem que se julga Ver.
Pode passar da realidade visível,
Aos devaneios, quimeras e fantasias
Ao que as janelas do corpo nos permitem.
Sensação particular que nos revela a presença,
Através da forma e cor
A luz que promove e a lente natural apresenta.
A íris reage, o cristalino modifica e acomoda-se.
Mas se algo não funciona essa imagem deturpa-se.
A nossa essência ligada a outra maior,
Vê a ideia das coisas.
Se não estiver claro e transparente,
Deformará as ideias percecionadas.
Bem representada pelo animal que vive no deserto,
Que percorre caminhos insondáveis
Em busca de alimento.
E por recear, não receia,
Pois adivinha os perigos à distância,
Apoiado e confiante na sua Visão.

 Dina Ventura

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