O tempo não existe. Mas existe.
Acabei de o descodificar.
Ele é espaço. Espaço de algo a que se chama tempo.
Onde se albergam, coisas de nome sentimentos.
São pequenos tempos que preenchem o espaço onde o tempo vive.
Logo também são tempo e o Tempo é sentimento.
Angústias que apesar de tormentos individuais,
São inquietudes metafísicas, que promovem estreiteza
E quanto mais espaço têm mais se sente o aperto.
São ânsias provocadas por desejos ardentes
De alcançar o que não se tem,
Saber, o que não se sabe
Ou apenas a necessidade aflitiva de criar
De extorquir ao tempo, o que o tempo esconde no espaço que tem.
São insónias, para que a vigília se processe e permita, a não paragem.
É a inspiração, quer do ar que entra e permite sentir
Ou o entusiasmo criador pelo ter respirado.
É o instante, em que o tempo é reduzido a um lapso.
E é nesse momento único que o tempo, tem tempo e vive
Fazendo-nos esquecer que ele existe e é sonho.
Aí o tempo existe livre,
Sem ser necessário esconder-se ou descodificar-se
Ele apenas é, o que o sonho o deixa ser!
Dina Ventura - Maio de 2009
O Tempo, o grande mestre e também, contraditoriamente, o grande ilusionista. Hoje pode tudo nos ensinar, amanhã pode dizer-nos que foi só um jogo, uma brincadeira, uma partida... Assim, devemos deixá-lo correr segundo o desígnio da Natureza!
ResponderEliminarEntão, na longínqua distância do amanhã, o Hoje é que importa!
Et