sexta-feira, 22 de maio de 2009

DESCODIFICAÇÃO DO TEMPO

O tempo não existe. Mas existe.

Acabei de o descodificar.

Ele é espaço. Espaço de algo a que se chama tempo.

Onde se albergam, coisas de nome sentimentos.

São pequenos tempos que preenchem o espaço onde o tempo vive.

Logo também são tempo e o Tempo é sentimento.

Angústias que apesar de tormentos individuais,

São inquietudes metafísicas, que promovem estreiteza

E quanto mais espaço têm mais se sente o aperto.

São ânsias provocadas por desejos ardentes

De alcançar o que não se tem,

Saber, o que não se sabe

Ou apenas a necessidade aflitiva de criar

De extorquir ao tempo, o que o tempo esconde no espaço que tem.

São insónias, para que a vigília se processe e permita, a não paragem.

É a inspiração, quer do ar que entra e permite sentir

Ou o entusiasmo criador pelo ter respirado.

É o instante, em que o tempo é reduzido a um lapso.

E é nesse momento único que o tempo, tem tempo e vive

Fazendo-nos esquecer que ele existe e é sonho.

Aí o tempo existe livre,

Sem ser necessário esconder-se ou descodificar-se

Ele apenas é, o que o sonho o deixa ser!

Dina Ventura - Maio de 2009

1 comentário:

  1. O Tempo, o grande mestre e também, contraditoriamente, o grande ilusionista. Hoje pode tudo nos ensinar, amanhã pode dizer-nos que foi só um jogo, uma brincadeira, uma partida... Assim, devemos deixá-lo correr segundo o desígnio da Natureza!
    Então, na longínqua distância do amanhã, o Hoje é que importa!

    Et

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