Olhando de relance para a frase nada me diz, apesar de tudo conter.
Quando olhamos para algo e não se consegue decifrar que fazer?
Desistir? Ou simplesmente desmontar?
Ver peça a peça ao mais ínfimo pormenor para poder continuar?
Pois é o que vou fazer e ao pegar nas criaturas, transformo-as numa.
E passa a significar cada um dos seres Criados.
Homem, ser, pessoa que no sentido figurado
Muito deve a outrem e lhe é inteiramente dedicado.
Tenho orgulho em ser criatura e privar.
Pois privada também significa coisa íntima, privativa, só sua.
Assim privar com, ou seja relacionar-se com o possível,
Que simboliza o que pode ser, que é praticável
O que pode acontecer.
Pode ser com empenho, esforço, diligência, esmero e inteligência.
“Deus criou o melhor dos mundos possíveis”
Esta máxima do filósofo Leibniz, exprime tudo o que ela contem.
Que cada um, à imagem do criador promove o melhor mundo,
Dentro do que o seu entendimento concebe como possível.
E aí está: só possível quando se trata de uma criatura.
Pois quando passa a plural, tudo se torna mais difícil
Pois cada uma delas, realiza o melhor no seu mundo possível!
Mas como a cada um cabe o seu, nem sempre o possível o é.
Tornam-se, quem sabe, personagens, actores da realidade,
Onde desempenham o papel que lhes cabe.
E de verdade, na irrealidade, assim desconectados
Privam-se do possível e navegam no inconformismo existencial,
Das criaturas privadas do possível!
Dina Ventura 14 de Junho de 2009
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