Não penso no que escrever
Deixo que o pensamento se solte
Estou a tentar apenas dizer
O que surge, sem tema ou mote.
E mesmo rodeada de gente
Faço a experiencia do que fala
Que mesmo estando presente
Há um lado que não me abala
E deixo-me seguir nas imagens
Fico parada, mas em movimento
Reparo em tantas roupagens
Que não passam de fingimento
E nesse roupeiro ambulante
Vejo que a verdade é estar nua
E sinto o quanto é importante
Saber ouvir o cantar da lua.
E nesse caminho solitário
As vozes tornam-se ruídos
Porque se fosse o contrário
Os sons estavam perdidos
Dina Ventura – “Only me”
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