quinta-feira, 11 de junho de 2009

A CHAMA DA MINHA VIDA

O meu refúgio, sou eu, aberto ao Mundo.
Não tenho nada de meu, a não ser o eu que sou.
Não quero nada do que não tenho, do que tenho, ou do que sobrou.
Quero apenas Ser, existir sem existir, para conseguir Ver e Viver.
Não me interessam filosofias, descrições, mandamentos ou padrões.
Mas é com tudo isso que aprendo, me corrijo e repreendo.
É o caos. O absurdo do viver em estado de sítio.
Nada compensa porque nada é para ser compensado.
Mas tudo é para ser feito, para equilíbrio de compensação.
Ninguém se interessa pelo que não quer,
Mas passa a vida a lutar com isso. Perde o tempo nas lutas do não querer
Deixando o que quer na agonizante espera.
Estou farta de ser assim, farta do meu corpo físico, incapaz e incompetente.
A minha alma não merecia isso.
Merecia alguém que a conseguisse entender,
Explicar, descodificar e não fazê-la rodopiar.
Não chego para ela, eu sei, mas que posso fazer?
Tenho tentado de tudo, mas sinto a incapacidade do meu ser.
Não sei se é ela que me quer vencer,
Se sou eu que por teimosia não quero perder.
É uma luta inglória, que apesar de tudo
É a chama da minha Vida!
Dina Ventura – 11 de Junho de 2009

2 comentários:

  1. A nossa condição fisica,não será o tributo a algo superior que nos impõe a presença palpável e nos indica que só assim poderemos abraçar e amar os demais? Mesmo que não entendam,valerá o esforço sentido e talvez a luz de um baste para iluminar o caminho de muitos...
    B.C.

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  2. Não sei quem és, mas sinto que és uma alma de poeta!
    DV

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