quinta-feira, 11 de junho de 2009

O DESPERTAR DA RAZÃO




Tenho os sentimentos magoados. Não, não é isso, é…sentidos.

Porquê? Porque quiseram juntar-se todos numa só ocasião

E realmente deu uma grande confusão.

O espaço era pequeno para tantos. Acabaram por se acotovelar,

Querendo passar à frente de outro e mais outro, para verem

Aquele que cada um deles achava o mais importante. Mas como são tantos,

Quantos tantos importantes existirão? Até o que foi para ver o seu

Se tornou importante e primeiro para outro. Mas nada disso entenderam.

Apenas pensavam e não sentiam e todos queriam falar e ter razão.

Não se entendia, como sentimentos, apesar de diferentes,

Não pensassem no que são.

Como pode ser, querer ser o que não é e sim o que um outro será?

Não pode. Primeiro terá de ser, para depois conseguir perceber

E até poder vir a ser, o que outro sentimento seria.

Não o mesmo, porque esse é outro, mas o seu, pois nenhum cabe no que não é.

A razão não é sentimento, mas é. E misturou-se, sentou-se e reacendeu a discussão.

Seriamente convencida que tinha a solução.

Mas não, não tinha porque cada sentimento da razão não chegava

Para explicar a razão de cada sentimento.

Assim sentimentos e razões não se entendem, enquanto não entenderem

Que talvez a luta que travam entre si, não deixam de ser sentimentos!

Os sentimentos despertam

As razões alertam

Os sentimentos iludem

As razões desiludem

Os sentimentos sonham, as razões acordam, mas esquecem-se

Que os sentimentos despertam a própria Razão!

Dina Ventura – 11 de Junho de 2009

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