quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

EU APÁTRIDA ME CONFESSO

Perdi a nacionalidade e não encontrei outra.
Sem pátria, sem agrupamento com a mesma origem
Anulo a história e a tradição comum.
Sem organização, nem estado, estou em estado nenhum.
Anulam-se os caracteres que promovem a nação.
Sem origem mas originada,
Sem agrupamento mas em grupo,
Sem tradição, mas com história,
Sem características que me distingam, sou distinta.
Sem laços que me liguem, estou unida.
No lugar onde estou, rodeado ou só.
Não sei se estou ou se vou ficar.
Apenas recordo um lugar distante
Sem nome, nem data para chegar
Onde um dia irei regressar.
Será outra pátria, apenas o meu lugar.

Dina Ventura 24 de Fevereiro 2010-02-24

5 comentários:

  1. Dina, que energia. Passei por aqui no dia 22 e hoje quando aqui cheguei percebi que a inspiração tinha estado consigo...VIVA A INSPIRAÇÃO,...quando se lê, que as palavras fluem com bastante facilidade e muita rapidez... Muito bonitos todos os textos e ricos em vocabulário.

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  2. Olá pois é deu-me!!! Cinco em meia hora mais ou menos! Sou surreal. Grata por me ler!! Bj

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  3. Dina, até “cansa”de te ler…mas é daquelas canseiras que dão prazer, e como quem corre por gosto não cansa…afinal não estou cansado, e pelos vistos tu também não…debita, debita!!!

    Bj*

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  4. cada vez mais se sente um pouco por todo o lado um desencantamento com a pátria. mas, "apátrida", o poema deixa entrever a esperança de regresso a um lugar seu.

    abraço.

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  5. Belos textos.
    Deve ser muito bom escrever bem...
    Patrícia

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