sexta-feira, 16 de julho de 2010

DESRESPEITOS - INCONSCIÊNCIAS

O que leva as pessoas a enganarem o "outro".
Será que é o outro?
Ou será a si mesmo?
Por desrespeito do Ser? Ou apenas por querer ter?
Insatisfação? Solidão? Ou apenas não Amor?
Nem próprio, nem por ninguém?
Será que nunca ninguém traiu?
E o que sentiu?
Colocou-se no lugar do Outro?
Conseguiu?
Ao fim de doze (?) vou de forma extensa
Quem sabe até cansativa para o tema
Tentar Entender, sem atacar ou defender
Apenas Olhar a Verdade do Ser.

Vou escrever porque estou a levar as coisas a sério.
Significa a partir do momento em que se pensam,
Não podendo deixar de ter em conta
As inúmeras vertentes que vou descrever,
Não eliminando a do não sério,
Pois ficará uma exposição mais completa.
Hipótese 1 – Não sério
.Falar por falar;
.Dizer que se sente, sem sentir;
.Ter muito tempo disponível e ter de se encontrar formas de o preencher;
.Aposta, não se podendo desistir para não denegrir a imagem;
.Fornecimento de dados para apenas preencher o curriculum vitae.
Concluo que nenhum de nós consegue ser tão pobre
Ao ponto de se limitar a tão pouco,
Portanto hipótese 1 excluída.
Hipótese 2 – Sério
Existem milhares de sérios
E alguns não o sendo,
Não deixam de o ser também.
.Não capacidade de encontrar equilíbrio;
.Posse de bens com ambição de alcançar sempre mais, tirando disso proveito próprio;
.Insatisfação perante o tudo que se tem, não o descurando, mas tentando compensações;
.Necessidade de correr em campos alheios para activar os músculos um pouco perros;
.Necessidade de dar vazão ao espírito aventureiro que cada um de nós possui;
.Necessidade de reviver os gritos da adolescência nos impulsos naturais;
.Gosto pelo proibido e necessidade de o sentir, também fisicamente;
.Procura incessante do novo, como reabastecimento do velho já cansado;
.Carências, um pouco apagadas, que sem autorização resolvem emergir;
.Procura de emoções novas e fortes, como lufada de ar fresco na existência;
.Atracções, simplesmente, que não encontram estabilidade;
.Gosto pelo jogo, não se gostando de perder;
.Regras quebradas pelo facto de o serem;
.Almas sonhadoras em busca de lugares secretos;
.Encontros apenas pela necessidade de se darem;
.Correria um pouco louca em busca do ar que nos falta;
.Desejo de não pensar pelo tanto que se pensa;
.Confusão, sabendo-se sempre o que é;
.Ansiedade, sem sequer se ser dono da ânsia de querer;
.Causas não explicáveis à priori para efeitos super rápidos;
.Acontecimentos ao longo do tempo acontecendo, acabando por ser apenas uma narração;
.Super valorização de algo que apenas existe simplesmente;
.Necessidade de dar, por vezes não acontecendo no lugar e tempo certos;
.Necessidade de receber, o que por vezes não se aceita de quem nos quer oferecer;
.Contradições naturais no que dentro de nós existe;
.Necessidade de nunca se perder o espírito de conquista;
.Necessidade e vontade de estar onde não se pode ou com quem não se deve;
.Apenas vontades;
.Necessidade de algo ou de alguém que faz com que os dias se tornem muito difíceis;
.Gostar apenas.
Todas estas hipóteses são sérias
A partir do momento em que existem,
Mas será assim tão simples?
É, porque se não o fosse
Tudo se processaria de forma diferente.
Portanto há que analisar cada uma destas hipóteses
Até se conseguir encontrar uma resposta.
Para quê encontrá-la?
Mais que não seja
Para conhecermos melhor a nós próprios
E sabermos porque somos,
O que somos,
Para que somos.
Tudo é sério.
Assim sendo,
Tudo terá de ser tomado em consideração
E após dissecação de todos os pontos
A que conclusão se chega?
Tudo poderá funcionar em perfeito equilíbrio?
Temos capacidade para tal?
Ou seremos como os sapatos?
É preferível termos vários pares
Pois a sua duração será muito mais longa.
Coitado do par único,
Como conseguirá combinar com tudo e tudo palmilhar?
Não!
Têm de existir vários pares,
Para quem tiver capacidade para tal!
Temos?
Então sejamos sapatos!
Estou furiosa porque não quero ser sapatos.
Mas não o seremos realmente?
É preciso respeitar os outros,
A vida dos outros,
A família dos outros,
O mundo dos outros
O mundo!
Porque não o fazendo,
É a nossa própria alma que não é respeitada!
A data deste escrito?
Não interessa a localização no tempo,
Pois não deixo de acreditar
Que sempre existirá quem pense!
Que vale a pena não magoar os outros
E para isso basta apenas:
Assumir-se na Verdade de Ser.

Dina Ventura

2 comentários:

  1. ...Em tempos escrevi assim,a forma de me assumir...acho!

    "Gosto que gostem de mim
    Gosto de gostar de quem gosta de mim
    Gosto que se riam para mim

    Gosto do que me rodeia
    Gosto até de quem me chateia
    Gosto de saber que tão vasta plateia

    Gosto dos meus amigos
    Gosto dos que me dão ouvidos
    Gosto até dos meus inimigos

    Gosto do meu pai, que dá tudo por mim
    Gosto da minha mãe, que sofre por mim
    Gosto do meu mano, quão diferente, é igual a mim

    Gosto tanto da minha filha, que é tudo para mim
    Gosto muito da minha esposa, de quem dou tudo de mim
    Gosto tanto de gostar, que por vezes duvidam de mim

    Gosto da vida, de viver
    Gosto tanto, que tenho medo de morrer
    Gosto de saber, que quando for, seja sem sofrer

    Gosto tanto,que por vezes tenho medo de mim
    Gosto,porque gosto de mim
    Gosto de recordar dos que se vão lembrar de mim"

    ...É o respeito por mim e pelos outros...sem enganos!!!...fantástica análise a tua,está tudo aí!

    Bj*

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  2. Tenho um poema que se chama gostar. Bonito. Tens de fazer um do Não gosto. :)) Grata Bjs

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